terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Economia Cafeeira com Trabalho Livre

Início do uso da mão-de-obra imigrante na produção de café: 

Com a inviabilidade econômica do uso de escravos para a cultura cafeeira, foi introduzido o sistema das parcerias para a vinda de imigrantes europeus, que substituiriam a força de trabalho em uso nas lavouras de café. Os imigrantes eram trazidos em viagens nas quais as condições sanitárias eram virulentas, e eram submetidos, ainda que não oficialmente, a um regime de escravidão por dívida, no qual deveriam, entre outras coisas, trabalhar para pagar os custos da viagem de vinda ao Brasil, comprar exclusivamente produtos vendidos pelo fazendeiro (e seu empregador) e até entregar o excedente de sua produção de subsistência para o mesmo. 

Posteriormente, foi adotado o sistema de colonato, que oferecia condições menos precárias de existência aos imigrantes, como o pagamento da viagem a ser realizado pelo próprio fazendeiro ou pelo Estado e a possibilidade de manter a produção de subistência para si. 

As principais diferenças entre o sistema de parcerias e o sistema de colonato: 

O sistema de parcerias: 

- Forçava o imigrante a pagar pela sua viagem com o próprio trabalho, a juros altos, instituindo efetivamente uma espécie de escravidão por dívida 
- Forçava o imigrante a entregar ao empregador o excedente de sua produção de subsistência - Impedia que o imigrante deixasse as terras do empregador 
- Forçava o imigrante a adquirir itens exclusivamente do empregador 

O sistema de colonato: 

- Contou com importantes subsídios dos governos estaduais (em particular do governo de São Paulo)
- Permitia que o imigrante mantivesse sua produção de subsistência 
- Possibilitava que o pagamento da viagem fosse feito pelo patrão 
- Incluía a concessão de uma fatia de terra ao imigrante para o plantio de artigos de subsistência. Em resumo, o sistema de colonato se mostrou uma forma menos brutal de trazer força de trabalho para a cultura cafeeira, quando comparado com o sistema de parcerias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário